COMO CONCHAS
Às vezes pensamos que estamos sozinhos no mundo...
Não a solidão de não termos pessoas à volta, mas a de nos sentirmos só nas dores.
Quando sofremos, isolamo-nos, como se isso fosse proteger-nos para que o sofrimento diminua ou pelo menos não aumente.
E como uma concha, guardamos em nós o que nos fez mal.
E, tal e qual um mar imenso, o mundo vai se enchendo de conchas fechadas, sentindo-se sós e únicas, cada qual ao lado da outra.
É impossível manter os olhos abertos, a razão, a consciência, quando a dor fala mais alto que nós mesmos.
Impossível colher frutos em árvores abatidas, flores em campos de espinhos e pensamentos positivos em momentos de desespero.
Mas toda a moeda tem dois lados, a cada dia corresponde uma noite, cada vez que a lua se deita, o sol levanta-se...
Em toda a situação triste há algo de bom e proveitoso.
Só precisamos é aprender a olhar depois das lágrimas enxugadas.
Depois de abrirmos os olhos, mesmo se o que nos feriu ainda está presente e geralmente está, pois não se apaga o vivido, podemos perceber que um novo caminho se abre, que naquele dia já estamos um bocadinho mais amadurecidos, que podemos tirar lições de tudo o que vivemos e... que existem as outras conchas ao lado.
E quando nos abrimos à esperança, as possibilidades abrem-se também, as coisas ficam mais claras, mais evidentes.
A vida é linda! O mundo é belo e nós temos o privilégio de fazer parte dele.!
O importante não é não ter problemas, mas aprender a vencê-los!
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