sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quando os filhos crescem...

Há um momento, na vida dos pais, em que eles se sentem órfãos. 
Os filhos dizem eles,
crescem de um momento para o outro.
 É paradoxal.
Quando nascem pequenos e frágeis os primeiros meses parecem intermináveis,
. Pai e mãe se revezam à cata de respostas aos seus estímulos nos rostinhos miúdos.
 Desejam que eles sorriam, qua agitem os bracinhos,
 que sentem, fiquem em pé, andem,
 tudo é uma ansiosa expectativa.
Então, um dia, de repente,
 ei-los adolescentes.
 Não mais os passeios com os pais nos fins de semana nem férias compartilhadas em família.
Agora tudo é feito com os amigos.
 Olham para o rosto do menino e surpreendem os primeiros fios de barba, 
como a mãe passarinho descobre a penugem nas asas dos filhotes.
 A menina se transforma em mulher.
 É momento dos vôos para além do ninho doméstico.
É  o momento em que os pais se perguntam:
 onde estão aqueles bebês com cheirinho de leite e fralda molhada?
 Onde estão os brinquedos do faz-de-conta,
 os chá de nada, os heróis invencíveis que tudo conseguiam,
 em suas batalhas imaginárias contra o mal?
As viagens para a praia e o campo já não são tão sonoras.
 A cantoria infantil e os eternos pedidos de sorvetes, doces, pipoca
 foram substituídos pelo mutismo
 ou a conversa animada com os amigos com que compartilham sua alegria.
Os pais se sentem órfãos de filhos.
 Seus pequenos cresceram sem que eles possam precisar, 
quando ontem eram crianças trazendo bolas para ser consertadas.
 Hoje são os que lhes ensinam como operar o computador e melhor explorar os programas
 que se encontram a disposição. 
 A impressão é que dormiram crianças  e despertaram adolescentes,
 como num passe de mágica.
 Ontem estava banco de trás do automóvel, hoje estão ao volante, 
dando aulas de correta condução no trânsito.
É o momento da saudade dos dias que se foram tão rápidos. 
É o momento em que sentimos que poderíamos ter deixado da lado os afazeres sempre contínuos
 e brincado mais,
 deliciando-nos como relato de suas conquistas e aventuras,
 suas primeiras decepções, seus medos.
 Tê-los levado mais ao cinema,
 desfrutando das vibrações ante o heroísmos dos galãs da tela.
 Tempos que não retornam a não ser na figura dos netos que nos compete esperar. 
Pais, sejamos mais com os nossos filhos.
 A existência é breve e as oportunidades preciosas.
 Não economizemos abraços, carícias,
 atenções porque nosso procedimento para com eles a felicidade do crescimento proveitoso 
ao a tristeza os dias inúteis do futuro. 
A cada criança criada com carinho aprende a ser afetuosa. 
A mensagem da atenção ao próximo é passada pelos pais aos filhos. 
No dia a dia com os pais eles aprendem que o ser humano e seus sentimentos 
são mais importantes do que o simples sucesso profissional e todos os seus acessórios.
 Em essência, as crianças aprendem o que vive. 

Esse texto foi lido na escola do meu filho, é a mais pura verdade, vale a pena pensar...

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